sexta-feira, agosto 04, 2017

Akombe weia!

Regressaram ontem a Portugal a nossa missionária Susana Querido, que esteve em missão 6 meses, a nossa missionária Inês Pereira, que esteve em missão 1 mês, e as voluntárias Sofia e Graça. Akombe weia! Bem-vindas, manas!

Na chegada da Susana, testemunhada por um comitiva Ondjoyetu que se deslocou ao aeroporto, os momentos vividos foram de grande emoção, com muitos sorrisos e lágrimas à mistura, pelo reencontro com aqueles que se ama. No rosto e palavras desta nossa missionária transparece a Alegria da Missão, a gratidão de ter sido chamada a ser instrumento do Amor de Deus ao serviço de um povo que tem muito pouco ou quase nada. Twapandula, Susana, por deixares no Gungo (e sempre por onde passas) um rasto de Deus. Twapandula, Inês, por teres dedicado mais uma vez as tuas férias ao serviço de Cristo. E twapandula a todos os voluntários que, de um modo particular este ano, têm colaborado na Missão do Gungo, entre os quais a Mafalda Vasconcelos, estudante de Medicina que se encontra neste momento na Linha da Frente. E precisamente à equipa da Linha da Frente enviamos um grande abraço, desejando-lhe toda a coragem para continuar a tocar e transformar vidas.

Estamos juntos.

Graça, Inês e Sofia na viagem de regresso a Portugal

Susana, acompanhada de famíliares e amigos,
na chegada ao aeroporto de Lisboa













Testemunho da Susana Querido no final da sua missão de 6 meses em Angola:"Vai bem ya, mana Susana ...vai com Deus, rezamos por ti e por toda a tua família." Foi assim a despedida do povo e da família de cá. É assim de coração apertado que me encontro e com uma cara inchada de chorar de alegria e tristeza. Estou de regresso a Portugal depois de ter vivido quase 6 meses com o povo do Gungo em Angola, uma realidade bem diferente daquela que se vive em Portugal. O que lhes falta em materiais e bens de primeira necessidade tem a dobrar na sua forma pura de ser e de nos ensinarem a aprender o que é a família e o respeito por todos. Estes meses foram muito intensos cheios de aprendizagem, de episódios e emoções. De muita alegria mas também de algumas tristezas, principalmente quando nem sempre conseguíamos ajudar o povo e este só nos tinha a nós como solução dos seus problemas. Aí percebemos as limitações... que não somos assim tão heróis. Heróis são aquelas pessoas que conseguem sobreviver com tão pouco.
Durante este tempo ensinei muito mas aprendi ainda muito mais. No inicio cheguei a fazer uma lista de coisas que estava a fazer pela primeira vez na minha vida, mas perdi a conta... aqui em missão tudo se faz. E estar em missão é estar disponível para se fazer tudo aquilo que dentro das nossas capacidades nos dispomos a fazer, e foi isso que aconteceu. Estes 6 meses fiz tudo, menos aquilo que estava "habilitada", e olho para trás e sinto-me imensamente feliz, pois sinto que fiz aquilo que Deus queria que fizesse com o povo. Tenho a certeza de que Ele esteve sempre ao meu lado, senti-me como seu instrumento. Estive onde era preciso, a fazer o que era preciso, com as pessoas que precisavam.
Vou de coração cheio por ver o quanto cada missionário marcou aquele povo e contribuiu para o seu desenvolvimento. É de arrepiar ver a mudança e ver que com o pedacinho que cada um dedicou e dedica àquele povo os está a ajudar tanto. Um especial agradecimento ao padre Vítor Mira e ao padre David Ferreira pelo seu amor e dedicação. Que Deus vos acompanhe e que sejam fermento para mais padres abraçarem o projeto com o mesmo carinho. Obrigada, família e amigos, por me apoiarem. Também estiveram em missão.
Obrigada a todos os voluntários e missionários com que me cruzei. Também me ajudaram muito.
Estamos todos de parabéns pois juntos conseguimos fazer a diferença no mundo daquele povo ;) Susana Querido

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